O PROJETO

O Livro
São 17 contos sobre alguns personagens típicos da Cinelândia, o maior reduto artístico e cultural de nossa cidade. A semelhança desses personagens com pessoas conhecidas não é mera coincidência. Eles estão aí mesmo, na Cinelândia ou em qualquer praça de qualquer cidade. Sentam-se ao nosso lado nos ônibus da vida, pisam sobre nossos passos todos os dias. São todos marginais, por condição ou opção. Todos à margem da mesma sociedade com que esbarram nos bares daquela praça.
Dorothy, a bailarina, é um exemplo vivo desta marginalidade – A artista velha e doente que hoje pede esmolas para sobreviver; André, o travesti; a cigana que lê a sorte nas mãos dos outros, mas perdeu a sua própria por causa de um amor não correspondido; Marina, a prostituta; o louco (e outros tantos personagens) reúnem-se no livro como se este fosse a praça. São personagens que permanecerão para sempre no íntimo de quem os conhecer, porque somos como alguns deles, e eles como muitos de nós.

Circo de Pobre é um musical sobre a Cinelândia e seus personagens típicos.
Montado na Sala Municipal Baden Powell, no dia 22 de setembro de 2016, em apresentação-teste única, o espetáculo teve casa lotada e contou com o inédito envolvimento voluntário de cerca de 100 profissionais que acreditavam na proposta do show (quase 40 deles no palco).
Idealizado por Sylvio de Oliveira e Denise Reis, o espetáculo é baseado em 17 contos de autoria de Sylvio.
Unindo literatura, música, dança e teatro, Circo de Pobre retrata a Cinelândia dos anos 80, que, com seus políticos, camelôs, prostitutas, mendigos e elegantes damas rumo ao Teatro Municipal, pode ser considerada a mais eclética e carioca de todas as praças.
Outro detalhe interessante é a variedade de ritmos apresentada no espetáculo: valsa, hip hop, rock, bolero, samba de breque, samba-enredo, jazz, blues, macumba, tango, balada, samba-canção, pop etc. A intenção é acrescentar ao eclético palco do espetáculo toda a diversidade da música brasileira.
O Show
A partir dos contos, Denise Reis, Sylvio de Oliveira, Luís Carlos Borges, Eneida Virgilio e Daltony Nóbrega compuseram uma música para cada personagem, contando suas mesmas histórias sob outros pontos de vista.
Foram utilizados 11 cantores, 16 músicos, 15 atores e figurantes e 13 bailarinos na teatralização das músicas, além da participação de técnicos, coreógrafos, cenógrafo, artesãos, carpinteiros, sonoplasta, fotógrafo, cinegrafista, locutores, contrarregras e equipe envolvida na confecção do livro.
